RESENHA: O Dia do Curinga

Sinopse: “Você já pensou que num baralho existem muitas cartas de copas e de ouros, outras tantas de espadas e de paus, mas que existe apenas um curinga?”, pergunta à sua mãe certa vez a jovem protagonista de O mundo de Sofia.
Esse é o ponto de partida deste outro livro de Jostein Gaarder, a história de um garoto chamado Hans-Thomas e seu pai, que cruzam a Europa, da Noruega à Grécia, à procura da mulher que os deixou oito anos antes. No meio da viagem, um livro misterioso desencadeia uma narrativa paralela, em que mitos gregos, maldições de família, náufragos e cartas de baralho que ganham vida transformam a viagem de Hans-Thomas numa autêntica iniciação à busca do conhecimento – ou à filosofia.
O dia do curinga é a história de muitas viagens fantásticas que se entrelaçam numa viagem única e ainda mais fantástica – e que só pode ser feita por um grande aventureiro: o leitor.

Editora: Companhia das Letras

Autor: Jostein Gaarder

Onde comprar: Saraiva|Submarino|Cultura

Classificação:

  O Mundo de Sofia é um dos meus livros favoritos. Não só pela história fascinante que o Gaarder criou, mas pelo tanto que aprendi em um único livro. Aprender a história da humanidade de acordo com a ordem cronológica dos principais filósofos foi de fundamental importância para entender a enorme dimensão que O Dia do Curinga é. Até porque, só o curinga consegue chegar perto o bastante de desvendar a grandes dúvida do universo: Quem nós somos? e De onde viemos?
  Diferentemente de Sofia, Hans-Thomas, personagem principal, é um garotinho de 12 anos que vive somente com seu pai, um filósofo por opção. Nessa aventura temos contato com menos conceitos e pensadores, na verdade, a grande questão do livro é tentar abrir os olhos do leitor para a grande aventura que estamos metidos, nossa própria vida. Hans é muito mais divertido e espirituoso e seu pai é um professor tão bom quanto o misterioso senhor das cartas de Sofia.
  Hans-Thomas e seu pai são da Noruega e durante as férias partem em busca de Anita, a mãe de Hans, que foi para a Grécia se encontrar, é estranho dizer algo assim, mas faz todo o sentido quando pensamos na trama como um todo, pois, a maioria de nós ainda precisa se encontrar também. Porém, nada é simples na vida do garotinho, no decorrer da viagem eles esbarram em um misterioso anão de mãos frias que lhes indica um atalho para chegarem à Grécia e dá a Hans-Thomas uma lupa, o garoto -assim como eu- não entendeu o porque do presente, mas a aventura mal tinha começado.
  A cidade indicada pelo anão se chama Dorf, ao pernoitar na cidade Hans-Thomas tem um encontro com um padeiro tão misterioso quanto a anãozinho de antes, eles conversam sobre um peixinho colorido que estava na vitrine da padaria e antes que Hans fossem embora o padeiro lhe dá um saco com quatro pães doces e pede para que o garoto só coma o maior deles por último e quando estiver sozinho. Mesmo contrariado por tanto mistério Hans aceita os pães e segue a viagem com seu pai, ao comer o último pão ele percebe que dentro do mesmo havia um pequeno livrinho com letras tão pequenas que só poderiam ser lidas por um lupa.

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